2 de jan. de 2012

Igreja Mundial x O Senhor dos anéis

Acabo de assistir ao filme "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" e me deparo com a informação do caos no trânsito próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos aqui em São Paulo.
Segundo algumas informações, a culpa do caos não foi toda da inauguração da sede nova sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, uma vez que um pouco de caos é natural do retorno para São Paulo de parte dos veículos que foram embora para as comemorações do Ano Novo.
Entretanto, vi uma foto com vários ônibus e uma porção de gente trafegando pela rodovia Dutra tomando parte de uma das pistas.
O povo todo estava lá para acompanhar a inauguração de um mega templo! A idéia do líder da igreja, o tal Valdomiro (só isso, afinal prometi xingar menos as pessoas nesse ano de 2012!), é poder reunir o povo para louvar a Deus. Sonho louvável, mas.... será que é só para isto? Será necessário mesmo um templo tão amplo? Não seria melhor templos locais menores? Ahh... mas não dá, ele não é onipresente para ser bajulado e paparicado em todos os locais. E claro, 150 mil pessoas em frênesi contínuo é muito mais fácil de ser manipulado...
A partir desse pensamento faço a comparação com parte do filme.
O pano de fundo é o seguinte: dois personagens (Pippin e Gandalf) saem de uma conversa não muito amistosa com o regente do reino de Gondor e vão para uma espécie de sacada da imensa Minas Tirith e o mago Gandalf discorre sobre o motivo da perda da glória do reino de outrora.
Qual foi motivo?
Os reis e seus entes próximos começaram a fazer belos e imensos túmulos para si próprios e esqueceram-se do povo, levando todos à ruina.
Para finalizar logo, pois estou fora de forma para escrever, penso que ocorre o mesmo com esta igreja. Ao invés de investir no desenvolvimento dos fiéis que diz amar tanto, a igreja prefere construir prédios. Isto me lembra bastante a igreja católica, cujo poder e influência se perderam no tempo e nunca mais foram recuperados porque investiu mais em si mesma do que no povo. E nem cito os diversos governantes e ditadores que fizeram o mesmo.
E claro, não posso esquecer o nosso judiciário. Basta dar uma olhada nos maravilhos edifícios construídos pelos diversos tribunais no país para identificar o mesmo tipo de ação: mordomia para quem devia servir!
Um dia, a casa cai!

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